O que é arritmia cardíaca? Em algum momento você já ouviu falar de arritmia cardíaca. Mas para entendê-la, primeiro é preciso explicar como o coração, um órgão muscular que bombeia o sangue para o organismo por meio de vasos sanguíneos arteriais e venosos, funciona.
O cérebro envia os impulsos nervosos que mantém esse bombeamento em uma frequência e um ritmo estável, que varia conforme a necessidade de oxigênio do corpo. Por isso que as batidas cardíacas mudam quando você está em repouso ou em atividade física.
Normalmente, um coração saudável e descansado tem de 60 a 100 batidas por minuto. Porém, algumas vezes esses batimentos se desregulam. Tal desarmonia pode ser sinal de arritmia cardíaca. E quando ela não é tratada, pode levar a outras cardiopatias, como angina, ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e derrame. Ou seja, estamos sim, lidando com uma questão que pode ser fatal.
Segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, a doença é responsável pela morte súbita de mais de 300 mil pessoas anualmente no Brasil. Acredita-se que por ser uma doença silenciosa, muita gente só se dá conta quando o caso se agrava. Acompanhe esse post e fique por dentro do assunto!
O que causa arritmia cardíaca e quais são os sintomas?
A origem da arritmia pode ser por muitos fatores, como algum problema físico, psicológico ou um desequilíbrio do próprio coração. Contudo, as principais causas de arritmia cardíaca são: ansiedade e estresse, hipertensão, diabetes, obesidade, doenças renais, alcoolismo, tabagismo sedentarismo, distúrbios do sono, etc.
Muitos pacientes não apresentam, ou sequer percebem, os sinais da doença, que podem aparecer e desaparecer repentinamente. Os sintomas afetam tanto pessoas com o coração saudável como quem já tem algum problema. Os sintomas mais comuns da arritmia cardíaca são:
• Dores no peito;
• Palpitações;
• Desmaios;
• Falta de ar;
• Tonturas;
• Pressão baixa;
• Fraqueza e palidez;
• Suor excessivo;
• Confusão mental;
• Mal-estar geral.
Quantos tipos de arritmia cardíaca existem?
Resumidamente, destacam-se quatro tipos mais comuns:
• Fibrilação atrial: o tipo mais comum em idosos. É preocupante por comprometer o rendimento do coração. O órgão pode acumular sangue na cavidade atrial, formando coágulos que podem cair na corrente sanguínea e chegar ao cérebro, levando ao AVC (Acidente Vascular Cerebral), conhecido como derrame;
• Taquicardias supraventriculares: batimento cardíaco acelerado que ocorre quando os impulsos elétricos normais são interrompidos. Pode causar palpitações ou sintoma nenhum. São consideradas benignas, decorrentes do estresse e da tensão cotidiana;
• Bradicardia: batimentos mais lentos que o normal, com menos de 60 batimentos por minuto. Nesse ritmo, o coração não consegue bombear o sangue com o oxigênio para o corpo durante um esforço físico maior;
• Arritmias ventriculares: é quando um ritmo cardíaco anormal vem dos ventrículos, que são câmaras inferiores do coração. Os batimentos ficam rápidos e desordenados comprometendo a função cardíaca. Em casos graves, pode causar morte súbita.
A demora para iniciar o tratamento também agrava o diagnóstico que é definido pelo cardiologista. Cada paciente apresenta riscos particulares que determinam a complexidade da doença: arritmia benigna, que não interfere no desempenho do coração e não apresenta risco de morte ou se é uma arritmia maligna, com sintomas capazes de comprometer o dia a dia da pessoa, com riscos mais severos.
Como saber se tenho arritmia cardíaca?
Através de exames que verificam o desempenho do coração em vários aspectos, além do hemograma completo. Os exames mais conhecidos são:
• Eletrocardiograma, que mostra a cadência dos batimentos do coração;
• Ecocardiograma, que é uma espécie de ultrassom do coração;
• Teste ergométrico, que avalia o esforço físico;
• Holter de 24 horas, identifica distúrbios do ritmo cardíaco durante as atividades diárias do paciente.
Combinando a análise dos exames com o histórico do paciente, o cardiologista conclui o diagnóstico e avalia qual será o tratamento.
Qual o tratamento para arritmia cardíaca?
O resultado dos exames determinará o tratamento que pode variar conforme a gravidade, a frequência, a idade da pessoa e a presença de outros sintomas ou doenças.
Para todos os casos de arritmia cardíaca, existem medicamentos orais e até intervenções cirúrgicas que normalizam o ritmo cardíaco, como a colocação de marcapasso, cardiodesfibrilador e ponte de safena, por exemplo.
A arritmia cardíaca tem formas de prevenção
Recomenda-se algumas mudanças no estilo de vida, pois prevenir a arritmia cardíaca é mais do que verificar a pressão arterial. É manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas diariamente, respeitar as horas de sono, reservar um tempo para descanso e lazer, além de abandonar dependências químicas.
Não espere sentir os sintomas! Pelo menos uma vez ao ano, faça um check-up com um médico cardiologista. Com atenção e monitoramento, o seu coração estará mais seguro e saudável.
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