Entenda o que é a Monkeypox, formas de transmissão e tratamento

monkeypox

O surgimento da Monkeypox, ou varíola dos macacos, em diversos países gerou preocupação entre especialistas e entre a população.

Os primeiros registros da doença começaram a ser feitos na segunda semana de maio. Desde então, há a necessidade de monitorar a situação e pensar em políticas de contenção.

Mas, afinal, o que essa doença, sua forma de transmissão e severidade? Para entender melhor o cenário, continue a leitura!

O que é monkeypox e seus principais sintomas?

A Monkeypox, também chamada de varíola dos macacos, é uma zoonose causada pelo Monkeypox vírus. A doença foi descoberta em 1958 e o primeiro caso em humanos foi descrito em 1970.

Os sinais e sintomas não semelhantes à varíola humana, porém surgem de forma mais branda. Por isso, não é considerada tão letal quanto à varíola humana.

Historicamente, a taxa de letalidade da Monkeypox variou de 0 a 11% na população em geral e tem sido maior entre as crianças. Nos últimos tempos, a taxa de mortalidade de casos foi de cerca de 3%.

De modo geral, podemos considerar a Monkeypox uma doença autolimitada com sintomas que duram de duas a quatro semanas, sendo os casos graves mais comuns em crianças.

Clinicamente, a infecção pode ser dividida em dois períodos: o febril e o de erupção cutânea. O primeiro período, de até 5 dias, é caracterizado por febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, fraqueza e inchaço dos gânglios linfáticos (“ínguas”), que é o principal sintoma.

Já o período de erupção cutânea, que dura entre 1 e 3 dias após o início da febre, é quando aparecem as diferentes fases das lesões na pele. Geralmente, surgem primeiramente no rosto e depois se espalham para o resto do corpo. As áreas mais afetadas são a face, em 95% dos casos, as palmas das mãos e as plantas dos pés, em 75% dos casos.

Qual o tratamento?

A varíola foi considerada erradicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1980, desde então não há vacinação no Brasil. Porém, as pessoas que se vacinaram no passado apresentam cerca de 85% de proteção contra a Monkeypox.

Por se tratar de uma doença viral, atualmente não há um tratamento específico, apenas o controle dos sintomas e cuidados gerais das lesões para que não haja piora do quadro.

Em relação às complicações, a Monkeypox pode causar infecções secundárias, broncopneumonia, sepse, encefalite e infecção da córnea com consequente perda da visão, além de cicatrizes.

Existe o risco de ocorrer outra pandemia?

Por se tratar de uma doença transmissível, existe a possibilidade de se tornar outra pandemia. No entanto, vale ressaltar que já houveram outros surtos dessa doença nos últimos anos, principalmente na África.

Além disso, é uma doença com transmissibilidade menor do que o coronavírus, por exemplo, o que reduz as chances de evolução do surto atual para uma pandemia.

A vigilância epidemiológica tem um papel fundamental na monitorização dos casos suspeitos e confirmados. Afinal, é preciso que o isolamento dos doentes seja feito de forma imediata e a busca ativa dos contactantes seja efetiva.  

Cabe ainda ao poder público orientar a população sobre como proceder em caso de suspeita da doença.

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