A sífilis congênita é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pelo Treponema palidum. Ela é uma doença transmitida da mãe, que não teve o tratamento adequado, para a criança durante a gestação via placenta. O risco do bebê ser infectado é de cerca de 60 a 80%, e a probabilidade de infecção aumenta na segunda metade da gestação. Conheça os riscos da sífilis congênita.
Sintomas da sífilis congênita precoce
A maior parte dos bebês com sífilis congênita não apresenta sintomas ao nascer, porém as manifestações clínicas podem surgir nos primeiros três meses. São elas:
- Erupções vesicobolhosas;
- Nódulos salientes ao redor do nariz e boca na região da fralda;
- Dificuldade de crescimento;
- Rachaduras ao redor da boca ou secreção de muco, pus ou sangue pelo nariz;
- Linfonodos, fígado e baço aumentados;
- O lactente não ganhar peso.
Algumas crianças podem apresentar meningite, coroidite, hidrocefalia ou convulsões, além de atraso no desenvolvimento mental. Já nos primeiros oito meses da vida surge a inflamação dos ossos e cartilagens, especialmente de ossos longos e costelas, dificultando a movimentação dos bebês, o que pode acarretar desenvolvimento incorreto dos ossos.
Sintomas da sífilis congênita tardia
A manifestação ocorre após os dois anos de vida da criança, apresentando feridas no nariz e boca, além disso os ossos podem crescer de maneira anormal. Outros sintomas são:
- Problemas oculares;
- Formação de cicatrizes na córnea;
- Problemas com o desenvolvimento de dentes e ossos da face;
- Surdez pode ocorrer em qualquer idade.
Diagnóstico
Para realizar o diagnóstico da sífilis congênita precoce é necessária uma avaliação clínica. O seu diagnóstico é feito por meio de exames de sangue rotineiros da gestante no início da gravidez, e frequentemente no terceiro trimestre e no parto. Se o diagnóstico for positivo para a mulher grávida, os médicos fazem um exame físico completo e procuram por feridas ou erupções cutâneas, para terem certeza se o bebê também pode estar infectado. Havendo feridas ou erupções cutâneas, amostras são coletadas e examinadas sob um microscópio à procura das bactérias. A placenta, o cordão umbilical e o sangue do recém-nascido para sífilis também são testados.
Quando falamos de sífilis congênita tardia, são feitos exames físicos e de sangue na mãe e na criança. Os médicos procuram nas crianças os problemas causados pela infecção, como inflamação dos olhos, deformidades dos dentes e surdez.
Tratamento
Todas as pessoas que têm sífilis são tratadas com o antibiótico Penicilina Cristalina ou Procaína. Gestantes infectadas recebem a medicação injetável, na via intramuscular (músculo) ou, raramente, em via intravenosa (veia). O tratamento com penicilina durante a gravidez é eficaz em 99% dos casos, tanto para a mãe, quanto para o bebê. No entanto, se o tratamento for realizado em menos de quatro semanas para o parto, as chances de o feto não ser infectado diminuem.
Prevenção
A prevenção da sífilis congênita é realizada com um pré-natal adequado. É fundamental que mulheres grávidas sejam testadas para a sífilis durante o primeiro e terceiro trimestre de gestação. No entanto, precisamos destacar que o melhor a ser feito para evitar a contaminação da mulher é o uso de preservativo durante as relações sexuais.
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